Este filme retrata a sociedade atual, tendo como enfoque seus problemas de ordem sociais, econômicas e culturais, na medida em que contrasta a força do apelo consumista, os desvios culturais retratados no desperdício, e o preço da liberdade do homem, enquanto um ser individual e responsável pela própria sobrevivência. Através da demonstração do consumo e desperdício diários de materiais (lixo), o autor aborda toda a questão da evolução social de indivíduo, em todos os sentidos. Torna evidente ainda todos os excessos decorrentes do poder exercido pelo dinheiro, numa sociedade onde a relação opressão e oprimido é alimentada pela falsa idéia de liberdade de uns, em contraposição à sobrevivência monitorada de outros. Obs:- Considerando todas as relações abordadas no filme e possibilidades de interpretações dos mais diferentes ângulos, recomenda-se uma análise do ponto de vista interdisciplinar.
quinta-feira
A Menina que Odiava Livros
Animação indiana que conta a história de Nina, uma menina que não gostava de ler, mas que, ao se deparar com o rico universo da leitura, descobre uma nova realidade.
quarta-feira
Uma Ponte para Terabítia - Um pouco sobre esse belo filme
O grande ponto do filme é exigir que seu espectador utilize ativamente sua imaginação. Sem ela, o filme perde a graça.
Ponte para Terabítia é um filme infantil da melhor estirpe. Conta a história de dois amigos, ele um menino (Josh Hutcherson, de O Expresso Polar) de classe média baixa com cinco irmãs que sonha em ser corredor, ela (AnnaSophia Robb, de Meu Melhor Amigo) filha única de um casal de escritores liberais e que corre mais rápido do que ele. São vizinhos. Juntos, constróem uma casa no meio do bosque (Terabítia) e imaginam estórias que têm relação com o mundo (muitas vezes difícil) da vida real. Essas estórias vão ajudá-los a superar tristezas e dificuldades do dia-a-dia, além de contribuir para o processo de amadurecimento.
Dirigido pelo húngaro Gabor Csupo (animador que dirigiu Os Anjinhos, aqui em sua estréia na direção, digamos assim) com bela fotografia do veterano Michael Chapman (antigo colaborar de Martin Scorsese), foi produzido pelos mesmos idealizadores de As Crônicas de Nárnia: o Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa, com o apuro visual conhecido – os efeitos visuais ficaram a cargo da Weta Digital, a empresa responsável por O Senhor dos Anéis e King Kong.
O que o filme e seus efeitos especiais apresentam de melhor é justamente o fato de não mostrar monstros e bichos ameaçadores logo no início. Vai sugerindo. Do gigante, vemos somente o pé. Das aves predadoras, ouvimos os gritos. De Dark Master, o maléfico conspirador, só vemos as sombras. Assim como nas crianças do filme, é necessário usar a imaginação para “completar” as cenas. Ou ainda, sem ela, não é possível sequer que o filme exista. Essa é a lição do filme: exercitar o uso da imaginação.
A escritora Katherine Paterson escreveu o livro que dá origem ao filme em 1976 depois da trágica morte de uma grande amiga de seu filho mais novo. A história é permeada por uma tristeza pungente e, como foi bem dirigido na tela, o resultado é comovente. Há uma referência à Crônicas de Nárnia, o livro, nas páginas de Ponte de Terabítia, quando a menina dá exemplo de obras que continham histórias de fantasia. No Brasil, Paterson foi traduzida pela badalada escritora Ana Maria Machado e tem outros três livros publicados no país pela editora Salamandra: Duas Vidas, Dois Destinos e O Mestre das Marionetes.
O filme não subestima as crianças. Difere realidade e ficção com sofisticação e mostra a dura vida de um casal sem muita grana para criar seis filhos. O menino recebe sermões e é chamado a ajudar na organização da casa. Sofre com a ausência paterna. Apaixona-se pela professora de música e apanha dos maiores da escola. Essa comunicação tão honesta com o público infantil talvez seja inédita nas telas, pelo menos no nível da franqueza. Chega até a incomodar um pouco, no bom sentido, em se fazer um filme para crianças tão triste e sério. Mas quando Terabítia, a terra mágica, começa a surgir (ela só se revelará por completo na última cena), nós os adultos céticos, já estaremos conquistados pela magia “realista” do filme, imagine as crianças!!!!!!!.
Filmado na Nova Zelândia, o filme tem duas grandes cenas: a reconciliação do pai e filho – quando se revela o maior segredo da narrativa – e quando o menino resolve compartilhar Terabíta a sua irmã mais nova, uma implicante e ferina garota que se tornará a nova rainha da terra imaginária. É quando ele constrói a tal ponte do título. Impossível não se emocionar.
Quem optar por ver o filme dublado, as vozes são do casal Rafael Almeida e Pérola Faria, o que pode sugerir um suposto namoro entre as personagens que não existe no filme original.
Nível Alfabético
CARACTERÍSTICAS
· Descoberta da necessidade de mais de uma letra para representar cada “sílaba oral”
· Compreensão da constituição alfabética das sílabas correspondência fonema/grafema em todas as suas unidades.
· Há uma fase na qual oscila entre a hipótese anterior (silábica) e a alfabética – SILÁBICA ALFABÉTICA.
· Estabilidade das categorias lingüísticas (letra, palavra, frase, etc.); levanta hipóteses sobre a separação das palavras no texto.
· Ampliação do reconhecimento do som das letras.
· A escrita ganha estabilidade.
· Esforço lógico de raciocínio sobre a relação som/grafia – (arbitrariedade do sistema ortográfico).
· Não há domínio das convenções ortográficas – ênfase na escrita fonética.
Nivel Silábico
Principais características – nos aspectos gráficos e construtivos
Ø Começa a perceber a existência de uma relação entre a oralidade e a escrita.
Ø Elabora hipóteses sobre essa relação.
Ø Principal avanço em relação ao nível anterior, no eixo quantitativo: e estabelece que para cada sílaba oral, grafa-se um sinal ou letra (depende do seu conhecimento/contato com as letras do alfabeto).
Ø A criança descobre que tudo pode ser escrito, não apenas substantivos concretos.
Ø Supera o realismo nominal – a palavra não vincula-se mais aos aspectos figurativos do objeto.
Ø Superação da visão global da palavra (passa a considerá-la por segmentos).
Ø Superam a fantasia de que as letras pertencem aos referentes .
Ø No eixo qualitativo: as partes sonoras semelhantes das palavras passam a ser grafadas com letras semelhantes.
Ø Algumas crianças, no início dessa correspondência som/grafia, “apegam-se” às vogais, outras às consoantes.
Ø A escrita passa a adquirir estabilidade.
CONFLITOS QUE PODEM REMETER A OUTRO NÍVEL
Ø Sua escrita ainda não pode ser lida pelos outros.
Ø Não consegue ler a escrita do adulto – sobram letras.
Ø Confronto entre sua escrita silábica e a de palavras memorizadas é frustrante.
Ø Conflito na escrita de monossílabos – rompe o critério básico da quantidade mínima de letras para que algo seja “legível”.
Ø Descobre que não basta uma letra para cada sílaba oral, mas essa relação quantitativa entre som/grafia é um mistério.
Ø Depara-se com a questão ortográfica – a relação entre letra e som não é monogâmica .
Nível Pré-Silábico de Escrita
Principais características – nos aspectos gráficos e construtivos
“1ª fase” – não há distinção entre o modo de representação icônico e não-icônico
Ø Acredita que só é possível escrever o que tem existência concreta.
Ø Não estabelece qualquer relação entre fala e escrita, como resultado não percebe/distingue as categorias lingüísticas (letras, sílabas, palavras, etc.).
Ø Acredita que só é possível ler textos com gravuras.
Ø As letras/palavras/textos podem ser compreendidos como etiquetas da gravura/desenho.
Ø Não distingue letras de números.
Ø A “escrita” deve espelhar atributos/características dos objetos – realismo nominal.
“2ª fase” – diferenciação entre desenho e escrita
Ø Inicialmente escreve com sinais idiossincráticos/garatujas – arbitrariedade das formas e ordenação das mesmas.
Ø Usa sinais únicos para escrever palavras diferentes.
Ø Podem aparecer escritas com o uso de letras convencionais.
Ø A ordem das letras na palavra não é importante.
“3ª fase” – critérios de diferenciação da escrita
Intra-figura (*)
Ø Eixo quantitativo: só pode ser lido o que for escrito com 3 ou mais letras.
Ø Eixo qualitativo: é necessária uma variação interna – se a escrita repetir “o tempo todo a mesma letra, não pode ser lido” – AAA não vale.
Inter-figura (*)
Ø Eixo quantitativo: variar a quantidade de letras de uma escrita para outra, para obter escritas diferentes -
Ø (as vezes) Eixo qualitativo: variar o repertório de letras de uma escrita para outra, variar a posição das mesmas letras sem modificar a quantidade.
Ø A escrita pré-silábica não tem estabilidade.
CONFLITOS QUE REMETEM AO PRÓXIMO NÍVEL
Impossibilidade de leitura da escrita – pelos outros e por ele próprio
Percepção de que há estabilidade nas palavras escritas pelos adultos.
PRINCIPAIS OBJETIVOS DA DIDÁTICA DO NÍVEL PRÉ-SILÁBICO
Ø Macro-vinculação do que se fala/pensa com o que se escreve.Ø Distinção entre letras/números.Ø Distinção entre imagem/ilustração X texto.Ø Memorização de escritas significativas – fonte de estudos/comparações para gerar desequilíbrio e construção de novas hipóteses.
Psicogênese da Língua Escrita
A Psicogênese da Língua Escrita, estudo desenvolvido por ela e por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky no final dos anos 1970, trouxe novos elementos para esclarecer o processo vivido pelo aluno que está aprendendo a ler e a escrever. A pesquisa tirou a alfabetização do âmbito exclusivo da pedagogia e a levou para a psicologia. "Mostramos que a aquisição das habilidades de leitura e escrita depende muito menos dos métodos utilizados do que da relação que a criança tem desde pequena com a cultura escrita".
terça-feira
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