Por Fabiana Silva.
A hipermídia e o hipertexto retomam o conceito de escrita de uma nova forma, mais ampla. Estes trazem a escrita como forma de representação e organização das idéias através de signos. Forma essa que é representada através de uma lógica, mesmo que essa não seja a escrita alfabética. Assim podemos conceituar hipertexto e hipermídia da seguinte forma:
Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual se agrega outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda a informações que estendem ou complementam o texto principal.
Hipermídia é o conjunto de meios que permite acesso simultâneo a textos, imagens e sons de modo interativo e não linear, possibilitando fazer links entre elementos de mídia, controlar a própria navegação e, até, extrair textos, imagens e sons cuja seqüência constituirá uma versão pessoal desenvolvida pelo usuário.
Nestes, a escrita se organiza e se agrupa numa perspectiva diferente, a da cibercultura, que traz novos modos de agenciamento de idéias que se organizam através dos dispositivos digitais e em rede.
Autores como Turkle, Lèvy, Rushkoff e Tapscott defendem que a interação com as mídias gera transformações na forma dos sujeitos pensarem e conceberem o mundo. Trata-se, portanto, de sujeitos que interagem cm o mundo através da tecnologia e que tem nas imagens e sons cada vez mais hibridizados a base dos seus processos comunicativos e cognitivos, organizando-se não só na lógica da escrita linear, mas sim através de pensamentos hipertextuais e associativos.
Desta forma, a leitura e a construção de conceitos e sentidos faz da construção da narrativa um “algo” sempre complexo, com distintos pontos de vista, conexões e continuidades espaciais temporais, estéticas e narrativas, não eliminando a idéia da autoria e sim construindo e alicerçando a idéia de co-autoria.
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