O livro O mestre ignorante, de Jacques Rancière, fala sobre um professor francês, Joseph Jacotot, que se encontrou na seguinte situação: tinha que lecionar Literatura para alunos holandeses que ignoravam o francês, assim como ele ignorava o holandês. Com isso, J. Jacotot aplicou um método diferente do tradicional, onde o professor emancipa seus alunos. Antes de se encontrar em tal situação, Jacotot acreditava que o mestre tinha como tarefa transmitir seus conhecimentos aos alunos. Porém, diante desta nova situação, ele introduziu um livro, Telêmaco, que era algo comum entre eles, pois era uma edição bilíngüe (francês-holandês). A partir deste livro, e com a ajuda de um intérprete, ele orientou seus alunos a aprenderem a língua francesa lendo o livro com ajuda da tradução. Mais adiante, ao pedir que eles escrevessem em francês o que compreenderam, Jacotot teve uma surpresa: seus alunos se saíram muito bem. Assim, ele começou a refletir: seria então desnecessária a explicação? J. Jacotot passou a acreditar que seria preciso mudar seu tradicional método de ensinar. Através da explicação, o mestre transmite seus conhecimentos e verifica se o aluno entendeu, o que, para Joseph Jacotot, passa a ser o princípio do embrutecimento. E, em contradição a esse princípio, “surge” o princípio da Emancipação. No método emancipador pode-se ensinar qualquer coisa, mesmo sendo ignorante no assunto. Mas, para isso, é necessário emancipar o aluno, ou seja, fazer com que o aluno aprenda sozinho, usando apenas sua própria inteligência. E este seria o Ensino Universal. Conseqüentemente, pode-se também aprender qualquer coisa.
sábado
O Duende da Ponte - Livro
Para chegar à escola, Teo precisa atravessar uma ponte. Porém, embaixo da ponte mora um duende medonho e terrível, que cobra pedágio de quem quiser atravessá-la. Como Teo não tem dinheiro e precisa ir à escola, propõe ao duende um jogo de adivinhas e charadas. Se ganhar, terá o direito de atravessar a ponte sem pagar. Será que Teo conseguirá chegar à escola todos os dias? O Duende da Ponte é uma divertida história, que despertará o gosto de propor e criar novas charadas, além de trazer à tona discussões sobre poder, esperteza e soluções criativas para situações-problema. Excelente ilustração.
A História das Coisas - Documentário
Sinopse:Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.
História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.
História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.
História das Coisas nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.
História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.
História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.
História das Coisas nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA - Emilia Ferreiro
FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
A partir dos anos 70, a psicolingüística Emilia Ferreiro, revolucionou a alfabetização com o processo de alfabetização através de uma investigação hipotética nos diferentes campos da aquisição da leitura e da escrita.
A partir dos anos 70, a psicolingüística Emilia Ferreiro, revolucionou a alfabetização com o processo de alfabetização através de uma investigação hipotética nos diferentes campos da aquisição da leitura e da escrita.
FERREIRO, procurou estudar o próprio sujeito: o sujeito cognoscente. Ela procurou ativamente compreender o mundo que o rodeia de resolver as interrogações que este mundo provoca. Não é um sujeito o qual espera que alguém que possui um conhecimento o transmita ele por um ato de benevolência. É um sujeito que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo e que constrói suas próprias categorias de pensamentos ao mesmo tempo em que organiza seu mundo. A psicolingüística argentina Emília Ferreiro, doutorou-se pela Universidade de Genebra e foi orientada por Jean Piaget e teve como colaboradora Ana Teberosky.
Psicóloga e pesquisadora do Instituto Municipal de Barcelona, desde 1974 dedicou-se à aplicação da teoria psicogenética diretamente na sala de aula, enfocando o impacto da colaboração de ambientes bilíngües (catalão e espanhol) sobre a alfabetização de crianças. Inovou ao utilizar a teoria do mestre para investigar um campo que não tinha sido objeto de estudo piagetiano. Piaget pesquisou mais profundamente o conhecimento de fonte interna, a que denominou lógico-matemático, e que se refere ao estabelecimento de relações entre os objetos, fatos e fenômenos ultrapassam, portanto, os limites do conhecimento físico observável e das ações, exigindo maior desenvolvimento das estruturas mentais.
Emilia Ferreiro partiu do interesse em descobrir qual era o processo de construção da escrita, ao planejar situações experimentais. Procurou-se que a criança colocasse em evidência a escrita, tal como ela vê a leitura tal como ela entende e os problemas tal como ela os propõe para si.
O resultado da investigação de Emilia Ferreiro proporcionou dois indícios: por um lado, que o processo de aprendizagem da criança pode ir por vias insuspeitadas para o docente, e por outro, que criança de classe baixa não começa do “zero” na primeira série. De acordo com a teoria de Emilia Ferreiro o conhecimento se constrói a partir do sujeito cognoscente e do objeto a conhecer, no qual o objeto serve de ocasião para que o conhecimento se desenvolva. Não se trata simplesmente empregar a “prova piagetiana” para estabelecer novas correlações, mas sim, de utilizar os esquemas assimiladores que a teoria nos permite construir para descobrir novas observáveis. A partir daqui construiu-se uma teoria psicogenética da aquisição da língua escrita.
Em 1979, Emilia Ferreiro juntamente com Ana Teberosky escreveu o livro intitulado “Psicogênese da Língua Escrita”.Sua obra foi um marco na área, destacando que as crianças não chegam à escola sem saber nada sobre a língua.
De acordo com a teoria construtivista, toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada.A psicolingüística nos permite introduzir a escrita enquanto o objeto de conhecimento, e o sujeito da aprendizagem, enquanto o sujeito cognoscente.
A concepção da aprendizagem inerente à psicologia genética supõe necessariamente que existam processos de aprendizagem, do sujeito que não depende dos métodos. A obtenção de conhecimento é um resultado da própria atividade do sujeito.
De acordo com a concepção construtivista, a compreensão de um objeto de conhecimento aparece estreitamente ligada à possibilidade de o sujeito reconstruir este objeto por ter compreendido quais são suas leis de composição.
Estudando esse processo evolutivo definiu os estágios de sua evolução que tem sido comprovado por diversos pesquisadores.
De acordo com a teoria construtivista, toda criança passa por quatro fases até que seja alfabetizada: pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético.
Portanto, a educadora Emilia Ferreiro, demonstrou que a criança, desde cedo, tem hipótese sobre a leitura e a escrita, que necessitam ser conhecidas pelo professor e exploradas em seus vários níveis, para uma maior eficiência no processo ensino-aprendizagem. A passagem de um nível a outro, no processo de alfabetização, origina-se da tomada de consciência pelo aluno da insuficiência das hipóteses até então por ele formuladas para explicar a leitura e a escrita.
terça-feira
EMÍLIA FERREIRO
Trecho de palestra de Emilia Ferreiro na 1ª Semana de Educação, em outubro de 2006, em que ela fala sobre a oposição entre alfabetização e letramento e entre construtivismo e método fônico.
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